TEORIAS EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
PROFISSIONAl
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AS TEORIAS EM ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Uma sistematização teórica faz-se necessária para situar o que hoje se entende por orientação profissional. Vários autores brasileiros utilizam a classificação elaborada por Crites,3 que agrupa as teorias na área de orientação profissional em três grandes blocos, denominadas por ele: 1) teorias não-psicológicas; 2) teorias psicológicas, e; 3) teorias gerais. Será apresentada uma breve abordagem dos três grupos para, posteriormente, apontar por que não se utiliza essa classificação.
Teorias não-psicológicas
As te· ão- sicológicas entendem que a escolha profissional do indivídl!Q_t~ad~.p.?~~~~~~~~~~!:._~ia-do acidente; teoria eco~; teori'!._~Itu.~tg_§Q...cj.oló.giQl).São teorias que descrevêm o processo de inserção das pessoas no trabalho, mas que não vislumbram qualquer papel ativo para o sujeito; portanto, descartam a possibilidade de orientabilidade" do processo, entendendo esse termo como possibilidade de o indivíduo planejar
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3. Citado por Pimenta
(1979: 26), por Ferreti (1988a: 27) e por Silva (1996: 25).
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
seu roteiro profissional ou a possibilidade de algum auxílio profissional para ajudar no processo. As forças, quer das contingênàas, das leis do mercado (oferta e procura) ou do padrão cultural das fann1ias, definem invariavelmente a posição e a ocupação do indivíduo na sociedade.
Segundo Pimenta (1979), as teorias não-psicológicas, embora reconheçam determinantes não-individuais na escolha, acabariam por provocar um sociologismo ou economicismo na orientação profissional, una medida em que tenderiam a apor ao fenômeno da decisão, o esquema científico da Economia e da Sociologia, sem, no entanto, permitirem ao indivíduo que decide, lidar com estes esquemas" (p. 29) Ou seja, seriam~ o indivíduo, mas que seriam tomadas como mera explicação e que não seriam operadas pelos sujeitos em qualquer nível.
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