Teorias do Patrimônio
INTRODUÇÃO:
Uma teoria é um conjunto de conceitos, definições e proposições relacionadas entre si, que apresentam uma visão sistemática de fenómenos especificando relações entre variáveis, com a finalidade de explicar e prever fenómenos da realidade.
Em outras situações o termo teoria serve para indicar uma série de idéias que uma pessoa tem a respeito de algo. Frequentemente as teorias são vistas como algo totalmente desvinculado do cotidiano.
O patrimônio líquido são os valores que os sócios têm na empresa em um determinado momento. No balanço patrimonial, a diferença entre o valor do ativo e do passivo representa o PL (Patrimônio Líquido), que é o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos sócios.
Em relação ao Patrimônio Líquido encontramos uma serie de teorias, conforme será apresentado: Teoria do Proprietário, Teoria da Entidade, Teoria do Empreendimento, Teoria do Acionista Ordinário, Teoria do Fundo, Teoria do Comando.
1-TEORIA DO PROPRIETÁRIO
A teoria do proprietário é a mais antiga abordagem do Patrimônio Líquido. A noção de propriedade originou-se de uma tentativa de colocar alguma lógica na exposição da escrituração por partidas dobradas.
Na equação contábil A-P=PL, o proprietário situa-se na posição de principal interesse (HENDRIKSEN e VAN BREDA, 2007). Esta teoria prevê que os lucros líquidos, obtidos depois de descontadas as despesas das receitas originadas, seriam de posse dos proprietários e que os ativos são direitos dos proprietários e os passivos suas obrigações. O proprietário, então, é o centro das atenções da contabilidade. As receitas são aumentos de propriedade e as despesas representam diminuições. Assim, o lucro líquido (diferença entre receitas e despesas de um determinado período) indica um aumento de propriedade. Os dividendos em dinheiro representam retiradas de capital e os lucros retidos fazem parte da propriedade (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999, p.466). Tal teoria adapta-se melhor às