Teorias da comunicação
Primeira parte
A evolução da pesquisa sobre as comunucações de massa.
Contextos e paradigmas
O ponto de partida do autor é fazer um levantamento do cenário e das premissas em que a teoria da comunicação começou a ser pensada. Toda a primeira parte da obra carrega uma característica de revisão de pontos de vista. Wolf vai ilustrando uma a uma apontando dois elementos fundamentais em todas elas:
1. O arcabouço teórico das teorias em formação;
2. Os campos de atuação e aplicação das teorias.
Uma das teses principais do autor é a de que a comunicação de massa é um objeto proteiforme e por isso não pode ser estudado de maneira compartimentada. É justamente esta a crítica que passa por todas as teorias apresentadas por ele. O esforço do livro é avaliar todos os modelos teóricos em suas raízes conceituais. Somente assim Wolf acredita ser capaz de verificar os pontos de confluência entre as teorias. Além de negá-las uma a uma, o autor nos convida a verificar seus pontos de fusão. Em suma, a proposta do livro é analisar modelos teóricos e campos de pesquisa. O autor também percebe que existe uma impossibilidade de se criar uma teoria única para explicar a comunicação. Logo na introdução o autor diz que a característica das pesquisas era a de homogeneizar o campo. Sendo esta tarefa impossível, Wolf aposta na pluralidade de recortes, fator que deixa o campo sempre em movimento.
O livro gira em torno do conceito de communication research, ou seja, a própria história da pesquisa em comunicação.
Uma separação interessante no livro é justamente as linhas de pesquisa administrativa (americana), marcada pelo empirismo, busca de finalidades cognitivas internas ao sistema da mídia e a linha crítica (europeia) orientada para as relações entre o sistema social e meios de comunicação de massa (escola de Frankfurt etc). Durante o livro, Wolf vai apresentando as contraposições teóricas e