Teorias da comunicação, resumo
Luiz C. Martino O texto se inicia com uma breve introdução acerca da problemática que envolve a definição do termo “comunicação”. A questão não é definir os limites do termo, mas sim eleger um único posicionamento e, a partir desse marco, desenvolver seu campo de estudo. Quando se pensa em “Comunicação”, a primeira coisa que se vem à mente é o processo comunicativo caracterizado pela presença de um emissor e um receptor. Essa obrigatoriedade se revela desnecessária, se pensarmos nos processos de comunicação em massa, gestual ou entre objetos inanimados.
Etimologia do termo O termo vem da “communicatio”, do latim, que remete à ideia de atividade realizada em conjunto. A palavra, então, designa relações nas quais haja destacamento de elementos a partir de um fundo de isolamento, juntamente à intenção de romper com tal isolamento e realizar a ação em conjunto. No entanto, a comunicação não abriga a ideia de “ter algo em comum”. Essa condição é insuficiente para sua realização. A comunicação é produto da interação e relação intencional sobre outrem.
O que dizem os dicionários? Quase todas as significações trazidas pelos dicionários estão de acordo com a etimologia do termo. “Assim, compartilhar, transmitir, anunciar, trocar, reunir, ligar (pôr em contato), são expressões, variantes ou usos figurados de um sentido primordial e mais geral que exprime ‘relação’.”
Informação, Mensagem Os dicionários também traziam as palavras “informação” e “mensagem” em suas definições para o termo. Essas também podem ser consideradas formas de comunicação. Essa afirmação, no entanto, é relativa. É importante não confundir a mensagem em si com o suporte que a carrega. Um livro, por exemplo, para uma pessoa alfabetizada, é uma informação. O mesmo livro, porém, para aquele que não sabe ler, não pode ser considerado como forma de comunicação, uma vez que dele não se pode extrair nenhuma informação/mensagem. Assim,