Teorias curriculares
Michael Whitman Apple nasceu na cidade de Patterson, nos Estados Unidos, em 1942. Ele é descendente de imigrantes russos, membro de uma família pobre de trabalhadores. Logo cedo ele se engajou politicamente, primeiro no ambiente escolar e posteriormente no contexto acadêmico. Sua concepção pedagógica é fruto de sua convivência com um ambiente periférico e, depois, com um meio mais elitista, após a realização do mestrado e do doutorado no Teachers College da Columbia University.
Como resultado deste contexto existencial, Apple elaborou sua pedagogia crítica, baseada na relação entre a educação e a sociedade, ou seja, na análise relacional ou situacional. Produtor de uma extensa obra, ele publicou, entre outros volumes, Ideologia e Currículo e Política Cultural e Educação. Neste último ele situa exemplarmente sua visão da educação inserida em um contexto social, na interação com as incontáveis faces da sociedade.
Resumo:
Os elementos centrais de sua crítica partem da crítica marxista da sociedade, Apple acredita que a dinâmica da sociedade capitalista gira em torno da dominação de classes. Baseando-se em Louis Althesser que foi muito influenciado por ideias marxistas, chegou a argumentar que a continuidade da sociedade capitalista depende da reprodução de seus componentes econômicos e ideológicos, cuja sustentação se dá através de mecanismos e instituições encarregadas de garantir o status sem contestação. A produção e disseminação da ideologia são feitas pelos aparelhos ideológicos do Estado, entre muitos se cita a Escola, constituindo um dos mais importantes aparelhos, pois aborda toda a população, tanto a classe dominante quanto a classe dominada.
A escola atua ideologicamente através do seu currículo, que divulgam crenças explícitas sobre a desejabilidade das estruturas sociais. Acaba por cobrir os olhos da sociedade com um conceito errôneo a respeito de algo ou fato existente na sociedade, em prol de manter o poder