TEORIAS COMO ESTRUTURAS: OS PARADIGMAS DE KUHN
TEORIAS COMO ESTRUTURAS: OS PARADIGMAS DE KUHN
A teoria da ciência de Kuhn foi desenvolvida como forma de se tentar uma teoria com maior coerência ao momento que se estava. Uma grande característica de sua teoria é o foco em uma revolução que implica o abandono de uma teoria e substituição por outra, tenho um caráter revolucionário. Quando a comunidade científica deixa a desorganização e se atém a uma estrutura organizada, chamamos esta estrutura de paradigma. Para os que trabalham dentro desta estrutura, Kuhn chama de ciência normal. Um paradigma governa e determina os padrões da ciência que governa. Segundo ele, a existência de um paradigma capaz de sustentar uma tradição de ciência normal é a característica que distingue a ciência da não-ciência. Segundo Chalmers,
Os cientistas normais devem pressupor que um paradigma lhes dê os meios para a solução dos problemas propostos em seu interior. Um fracasso em resolver um problema é visto como um fracasso do cientista e não como uma falta de adequação do paradigma. Problemas que resistem a uma solução são vistos mais como anomalias do que como falsificações de um paradigma. ( p. 125)
Sendo assim, percebesse que o autor trata que os cientistas normais não devem contestar o paradigma em que trabalha, retirando deste qualquer suposta crítica. Isto se faz para se manter a concentração no trabalho em si e evitar a desorganização de atividades, que é característico da chamada, por Kuhn de pré-ciência.
Quando um paradigma perde força, a ponto de perder a confiança, ele se enfraquece e quando se chega a uma revolução, a crise-revolução. Quando surge então um paradigma rival, este deve ser totalmente incompatível com o anterior.
Compreende-se então, que o abandono de um paradigma, e adesão de outro por toda