Teoria
22.1. Introdução
Uma válvula de controlo é um dispositivo mecânico destinado à regulação de caudais de fluidos. Basicamente trata-se de um orifício de área variável, através do qual se escoa o fluido, e cuja secção é feita variar de acordo com o caudal pretendido. Na Fig. 22.1 dá-se o exemplo de uma válvula de controlo, desenhada em corte.
A válvula de controlo constitui normalmente o elemento final de uma cadeia automática de controlo de um processo. Há também válvulas projectadas para trabalhar especificamente em regime de tudo ou nada (válvulas on/off(1)) e outras destinadas a serviço manual. Neste capítulo será utilizada a palavra válvula para designar qualquer destes tipos de válvulas. haste de comando obturador empanque
flange
Saída do fluido
Entrada do fluido sede corpo
Fig. 22.1 – Exemplo de uma válvula de controlo
Modifica-se a área do orifício da válvula com o auxílio de um actuador. Os actuadores são classificados em função do tipo de energia que utilizam, havendo actuadores eléctricos, pneumáticos, hidráulicos e manuais. Por vezes encontram-se válvulas com actuadores mistos
(electro-pneumáticos e electro-hidráulicos). Apesar de nos encontrarmos na era da electrónica digital, grande parte das válvulas utilizadas no controlo automático de processos têm actuadores pneumáticos, por terem muito bom desempenho e serem mais baratas que as de actuador eléctrico. Os actuadores pneumáticos mais vulgares são os actuadores de diafragma.
Garante-se que a válvula atinge a abertura desejada com o auxílio de um posicionador. O posicionador mede a posição efectiva da válvula, compara-a com a posição pretendida, processa a diferença e fornece um sinal de comando ao actuador da válvula. Esta pode assim ser colocada com bastante rigor na posição desejada. No caso de válvulas de controlo o posicionador inclui geralmente um controlador PID.
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Embora a palavra “on” não conste do dicionário da Língua