Teoria tipológica junguiana
Carl Gustav Jung foi um dos autores que mais estudou a personalidade humana, interessado e preocupado com as relações do homem com o mundo externo e com a comunicação entre as pessoas. Jung é conhecido como um dos maiores psicólogos do século XX conforme palavras de Hall & Lindzey:
“Durante meio século dedicou-se com grande energia e originalidade de propósito a analisar os processos profundos da personalidade humana. A originalidade e a audácia do pensamento de Jung tem poucos paralelos na historia da ciência atual, nenhum outro homem, pondo de lado Freud, abriu maiores perspectivas naquilo que Jung chamou da alma do homem’.” Hall & Lindzey (1973: 131)
Em 1921 Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da tipologia humana, ao escrever um de seus mais importantes trabalhos, o livro “Tipos Psicológicos”, fruto de mais de 20 anos de observação e do exercício da Medicina Psiquiátrica e da Psicologia Prática.
Na concepção de Jung, “Tipo é uma disposição geral que se observa nos indivíduos, caracterizando-os quanto a interesses, referências e habilidades. Por disposição deve-se entender o estado da psique preparada para agir ou reagir numa determinada situação.” Jung (1967: 551). Ainda segundo Jung, “Tipo é um aspecto unilateral do desenvolvimento.” Jung (1971a: 477)
Somos interativos por natureza e isto é comum á todos. A forma como interagimos é particular de cada um de nós, sendo assim, podemos observar características individuais em relação à maneira utilizada em nossos relacionamentos. Os mais genéricos atributos para delimitar nosso mecanismo de lidar com os outros são a introversão e extroversão e isto faz com que grupos de pessoas tenham ações e pensamentos de forma comum, ou seja, mesmo que em intensidade e requinte diferenciados podemos ser descritos como introvertidos ou extrovertidos.
Na introversão, o indivíduo direciona a atenção para o seu mundo interno de impressões, emoções e pensamentos. Assim,