Teoria pós-critica do currículo
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As teorias pós-críticas têm como prioridade questões referentes ao processo de reconhecimento das influências tanto políticas quanto de poder exercidas sobre os conhecimentos selecionados na construção do currículo, focalizando uma perspectiva de questionamento, emancipação e libertação com a superação de uma visão de verdades absolutas e de conhecimentos padronizados. Apresentam questionamento sobre o porquê de se trabalhar determinados conhecimentos e não outros, tentando desvelar a ideologia oculta sob o rótulo da neutralidade científica. Surgiram para repensar o papel de neutralidade do currículo tradicional, e para questionar transmissão de conhecimentos elaborados por um determinado grupo, criticando conceitos e discursos da modernidade, como, por exemplo, razão, ciência e progresso. Neste sentido, as teorias pós-críticas pretendem produzir uma análise mais ampla sobre o currículo, a qual não se resume somente às relações econômicas do capitalismo e à centralização no Estado, mas que consiste na existência de vários centros de poder que influenciam o currículo e que se encontram dispersos na sociedade. Os meios de comunicação de massa, por exemplo, promovem a diversidade cultural que integra os processos de dominação centrados na raça, na etnia, no gênero e na sexualidade.
Desta forma, o multiculturalismo é considerado uma de suas prioridades, destacando a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo na evidenciação de que nenhuma cultura pode ser considerada superior a outra. Trata-se de um importante movimento de luta política contra o currículo tradicional que privilegia a cultura branca, masculina, européia e heterossexual, ou seja, a cultura do grupo social dominante, questionando quais conhecimentos são oficiais e o porquê destes.
A base das teorias pós-críticas, então, vincula identidade, poder e conhecimento a questões referentes à subjetividade, à alteridade, ao imaginário, ao discurso, à significação, à diferença, à representação, à