Teoria psicanalítica de Freud
1893 palavras
8 páginas
Em 1895 foi lançado Estudos sobre a histeria. Este livro foi fruto da parceria de Sigmund Freud e do médico austríaco, Josef Breuer. Embora nesta edição não fora empregado o termo “psico-análise”, o livro é considerado obra inaugural da Psicanálise e traz consigo a nova definição freudiana de histeria. Entre 1882 e 1995 Freud e Breuer trabalharam juntos investigando distúrbios psíquicos e atendendo a uma clientela de doentes mentais, cuja maioria era de mulheres histéricas. Embora desde 1891 já houvesse algumas discordâncias entre Breuer e Freud, como o fato de Breuer negar a etimologia sexual que Freud atribui a histeria, e discordava, também, de outras ideias, consideradas inovadoras, propostas por Freud, os dois assinaram juntos a obra em 1895, na qual é explorado o caráter psíquico-traumático da histeria e a relação do método catártico com a cura através da fala. Infelizmente, por advento das opiniões divergentes acerca dos trabalhos que estavam sendo desenvolvidos, a amizade chegou ao fim em 1896.
Entre 1884 e 1885, antes de elucidar os benefícios da catarse em Estudos sobre a histeria, Freud observou o método usado por Jean Martin Charcot, no Hospital da Salpêtrière, onde mulheres histéricas eram tratadas por meio da hipnose, mas Freud logo abandonou essa técnica, pois lhe parecia bem melhor o uso do método catártico, que consiste na verbalização dos sintomas pela fala sem o paciente estar entregue a um “sono artificial”.
Com a morte de Charcot, em 1893, e com o rompimento de relações com Breuer em 1896, Freud continua as pesquisas no campo e institui a psicanálise como teoria psicológica que temos até hoje.
A Teoria psicanalítica é fundamentada na premissa da existência de algo mental inconsciente. Em O Inconsciente, 1915, no qual apresenta sua primeira tópica do aparelho psíquico, Freud organiza e explica o funcionamento dos atos psíquicos, do ponto de vista topográfico, dividindo-a em três: Inconsciente, Consciente e Pré-consciente, tratados aqui