Teoria Política Clássica
Resenha Crítica
Na Grécia antiga, pode-se dizer que, apesar de toda a mitologia influente na explicação de fenômenos, houve um período em que se deu um rompimento da clausura do misticismo como única fonte de explicação dos fatos. Com o surgimento da filosofia, o desenvolvimento da mente grega teve maior clareza e liberdade, por assim dizer, nas análises não só do Estado como das demais relações dentro do mesmo. Fator esse preponderante para o estabelecimento de uma teoria política grega de Estado. Os questionamentos acerca da organização do Estado bem como de sua função começou a perpassar a mente dos grandes filósofos da época e permitiu a gênese de inúmeras teorias e conceituações. A partir daí o indivíduo começa a se enxergar não como mais um no meio de muitos, mas como alguém que tem valor e peso na formação do Estado/ sociedade ( termos que até então podiam ser considerados sinônimos). Sendo assim, cada indivíduo tinha a possibilidade de exercer algum tipo de influência na vida da comunidade.
Os indivíduos, distintos do Estado formavam o Estado.
Somado a estes fatores, a existência de cidades-estados vem contribuir para a conseqüente consolidação do pensamento político grego e para a conseqüente formação de uma teoria política grega. As cidades-estados não eram estáticas ( salvo o caso de Esparta, que mantinha uma tradição de governo) e, portanto, as mais diversas organizações políticas tinham seu espaço no debate político. As gradações dos modelos de formas de Estado e Governo permitiram análises e debates. Como conseqüência, discussões sobre as razões das vantagens dos aristocratas sobre os homens comuns ( para citar um exemplo) toma lugar na pauta e geram novas explicações, novas soluções para a questão da política. E como que em uma fileira de dominós que vai se desenrolando em movimento contínuo e conseqüente, a teoria política grega foi se estabelecendo. Filósofos gregos como Aristóteles