Teoria literária
É dar ao leitor o prazer não de decifrar o seu sentido, mas de teorizar sobre ele.
O mito é constituído em cima de um sentido e se sobrepõe a ele. É como se o texto tivesse algo para nos dizer que fica difícil de tornar perceptível devido à incapacidade de representação. As palavras em si são a base para este mito, que se liga a elas dando-lhes um segundo sentido. No texto "Instante da minha morte" do autor Maurice Blanchot (2003) a ficção literária se mistura com a realidade, de modo que o leitor fica em dúvida se aquele texto é uma autobiografia ou uma ficção literária. O uso da terceira pessoa disfarça o aspecto autobiográfico e a utilização de palavras como "creio" e "talvez" colocam esse texto na ficção. Desse modo, a preocupação não é mais a separação do sentido conotativo do denotativo, mas sim a impossibilidade da representação, já que o texto está ali e mesmo assim não conseguimos entender o seu real significado, este se torna inatingível, ele foi morto com o autor. Como diz Roland Barthes (2012) "[...] o caminho desse combate não é,