Teoria JEDP
Em resumo, a teoria JEDP afirma que os primeiros cinco livros da Bíblia, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, não foram inteiramente escritos por Moisés (o qual morreu em 1451 A.C.), mas também por outros autores depois de Moisés. A teoria é baseada no fato de que nomes diferentes são usados para Deus em porções diferentes do Pentateuco, e pode-se notar diferenças no estilo linguístico. As letras da teoria JEDP significam os quatro supostos autores: o autor que usa Jeová como o nome de Deus, o autor que usa Elohim como o nome de Deus, o autor de Deuteronômio e o provável autor eclesiástico (priestly em inglês) de Levítico. A teoria JEDP afirma que as porções diferentes do Pentateuco foram provavelmente agrupadas no quarto século A.D, possivelmente por Esdras.
Então, por que há nomes diferentes para Deus em livros supostamente escritos por um só autor? Por exemplo, Gênesis capítulo 1 usa o nome “Elohim” enquanto que Gênesis capítulo 2 usa o nome “Yahweh / Jeová”. Exemplos assim ocorrem frequentemente no Pentateuco. A resposta é simples. Moisés tinha um objetivo ao usar os nomes de Deus. Em Gênesis capítulo 1, Deus é Elohim, o grande Deus Criador. Em Gênesis capítulo 2, Deus é Jeová, o Deus pessoal que criou a humanidade e com a qual se relaciona. Isso não significa que foi escrito por autores diferentes, mas que um só autor usou vários nomes de Deus para enfatizar uma particularidade e descrever aspectos diferentes do Seu caráter.
Em relação aos estilos diferentes, não devemos esperar que um autor tenha um estilo diferente quando estiver escrevendo história (Gênesis), estatutos legais (Êxodo, Deuteronômio) e detalhes intricados do sistema de sacrifícios (Levítico)? A teoria JEDP destaca as diferenças explicáveis do Pentateuco e inventa uma teoria bem elaborada que não tem nenhuma base real ou histórica. Nenhum documento J, E, D, P jamais foi descoberto. Nenhum estudioso judeu ou Cristão jamais sugeriu que tais documentos