Teoria geral da Administração
A surpreendente história da empresa que quase faliu e hoje, após retomar a liderança de mercado, já planeja um final feliz com grandes aquisições. Oretorno da Parmalat não é um fenômeno corporativo apenas no Brasil. Na Itália, a empresa fundada pelo empreendedor Calisto Tanzi, que sonhava em criar a "Coca-Cola do leite", já recuperou US$ 1 bilhão em acordos firmados com bancos e empresas de auditoria. Em 2004, quando estourou a crise, Tanzi foi preso e a empresa foi assumida por Enrico Bondi, que iniciou diversas ações judiciais contra instituições financeiras e firmas como a Deloitte que haviam sido parceiras e beneficiárias da maior fraude contábil de todos os tempos. Na segunda-feira 18, a Parmalat recuperou US$ 96,5 milhões, em acordos fechados com Merrill Lynch, ING e Banca Monte Parma. O ganho maior, porém, foi de US$ 149 milhões numa ação movida contra a Deloitte, que fingia não ver os balanços fajutados. Além disso, houve acordos com instituições como Citigroup, Bank of America, UBS, Deutsche Bank e Morgan Stanley, que representam a fina flor da alta finança global. Graças ao que conseguiu recuperar para os acionistas minoritários da Parmalat, Enrico Bondi é hoje um dos grandes heróis da Itália. E mesmo Tanzi, que vive em prisão domiciliar na pequena cidade de Collecchio, é visto como um injustiçado ou como um pecador normal que agiu como todo e qualquer empresário italiano em países latino-americanos. "Depois de muito suor, teremos um final feliz", disse Elias à DINHEIRO, às vésperas de completar 48 anos. Sua empresa, mesmo em recuperação judicial, conseguiu façanhas notáveis. Exterminou as dívidas, retomou a liderança de mercado e ampliou as vendas em 70%. Na nova fase, a baiana Ildi irá estrelar uma campanha de R$ 40 milhões, criada por Nizan Guanaes, exaltando a beleza brasileira e a própria brasilidade da Parmalat - uma empresa cujo único vínculo que restou com a antiga matriz italiana é um contrato de