Teoria fundamentada na etnografia
A teoria fundamentada clássica (Glaser e Strauss,1967;Glaser,1978) enfatiza a elaboração das analises da ação e do processo. A abordagem da teoria fundamentada quanto à coleta e à analise simultânea dos dados nos ajuda a prosseguir em busca dessas ênfases a medida que adaptamos a nossa coleta de dados para informar as nossas analises emergentes. Dessa forma a primeira questão a ser feita na teoria fundamentada é a seguinte:
O que está acontecendo aqui ? (Glaser,1978)
Essa questão gera a observação daquilo que esteja acontecendo em quaisquer dos dois níveis :
Quais são os processos sociais básicos?
Quais são os processos psicossociais básicos?
Glaser e Strauss (1967;Glaser ,1978) enfatizam o processo social básico que o pesquisador descobre no campo. Embora os textos clássicos apresentem a analise dos processos sociais básicos como sendo essencial ao método da teoria fundamentada, a revisão teoria feitos por Glaser (2002) nega a busca de um processo social básico, afirmando que isso forçaria os dados.
Uma organização comunitária, por exemplo, pode pretender a realização de bons trabalhos para os clientes. Ainda que uma analise mais cuidadosa possa revelar que o processo mais básico seja manter essa organização solvente. Considere as seguintes formas para construção de dados:
Observar os processos e as ações, bem como as palavras.
Delinear o contexto, as cenas e as circunstâncias da ação com cautela.
Registrar quem fez o que, quando ocorreu , por que aconteceu e como ocorreu.
Identificar as condições nas quais determinadas ações, intenções e processos emergem ou são abrandados.
Procurar caminhos para interpretar esses dados.
Concentrar-se nas palavras e expressões especificas às quais os participantes parecem atribuir um significado especial.
Descobrir as suposições tidas como óbvias e ocultas de vários participantes; demonstrar a forma como são reveladas por meio da ação e como a afetam.
A teoria fundamentada