TEORIA EXPLICATIVAS DE VOTOS
A perspectiva sociológica pauta-se pelo princípio da macro análise e toma o contexto social do grupo ao qual o eleitor pertence como categoria fundamental para as suas tentativas de explicação do comportamento eleitoral. Adopta o pressuposto de que os comportamentos e escolhas individuais devem ser entendidos a partir do contexto social onde são praticados. A importância dos determinantes socioeconómicos, culturais e da estrutura de classe na formação das clivagens sociais é um elemento fortemente enfatizado. Há uma preponderância das abordagens que enfatizam a situação, o contexto e as condições socioeconómicas como estando entre os elementos de maior importância no processo de segmentação social que fundamenta a estruturação de diferentes tendências de comportamento político e eleitoral. Resumindo, eleitores em situação social semelhante desenvolvem condutas político-eleitorais similares. O colectivo social é quem exprime a dinâmica política, não o indivíduo isoladamente. O acto individual, de voto, não é socialmente isolado. Deve ser entendido a partir da noção de interacção social. É através das interacções sociais que se formam as opiniões individuais, as quais, por sua vez, permitem as tomadas de decisões de forma isolada. Portanto, é a totalidade das relações sociais que está entre as características individuais e os actos sociais, de modo que não é suficiente reduzir a explicação às características pessoais. Os macro-comportamentos não podem ser explicados pelo somatório dos micro-motivos.
A corrente sociológica preocupa-se em compreender os mecanismos através dos quais são construídas as identidades entre determinados grupos socialmente definidos e partidos e/ou ideologias políticas específicas. Os partidos, através dos seus discursos, procuram angariar votos. Procuram uma forma de criar e manter identidade com grupos sociais, comunidades,