teoria endossimbiose
Endossimbiose Sequencial, proposta por Lynn Margulis, propõe que organelos ou organóides, que compõem as células eucariontes tenham surgido como consequência de uma associação simbiótica estável entre organismos. Mais especificamente, esta teoria postula que os cloroplastos e as mitocôndrias (organelos celulares) dos organismos eucariontes (com um verdadeiro núcleo celular) têm origem num procarionte autotrófico provavelmente um antepassado das cianobactéria atuais
- que viveu em simbiose dentro de outro organismo, também unicelular, mas provavelmente de maiores dimensões, obtendo assim proteção e fornecendo ao hospedeiro a energia fornecida pela fotossíntese.
A principal implicação da endossimbiogênese é a de que os eucariotas são, de fato, quimeras produzidas pela combinação de diversos genomas de procariontes.
Esta teoria é apoiada por várias similaridades estruturais e genéticas como, por exemplo, o facto dos cloroplastos primários das plantas conterem clorofila b e os das algas vermelhas e glaucophyta conterem ficobilinas. Por outro lado, a análise do genoma de alguns destes organelos mostra a sua origem de outros organismos. Outros tipos de algas possuem cloroplastos que provavelmente têm origem numa endosimbiose secundária (como as actuais zooxantelas simbiontes dos corais) ou por ingestão dum organismo com aqueles organelos. Actualmente, também se verificam associações de simbiose entre bactérias e alguns eucariontes.
Provas da origem endossimbionte das mitocôndrias e cloroplastos
Os seguintes factos provam que as mitocôndrias e cloroplastos tiveram origem em bactérias endossimbiontes:
Tanto as mitocôndrias como os cloroplastos possuem DNA bastante diferente do que existe no núcleo celular e em quantidades semelhantes ao das bactérias;
As mitocôndrias utilizam um código genético diferente do da célula eucariótica hospedeira e semelhante ao das bactérias e Archaea;
Ambos estes organelos se encontram