Teoria empírica de campo
Essa teoria da comunicação possui uma orientação sociológica. Assim, a perspectiva psicológica da Teoria da Abordagem Empírico-Experimental (ou da Persuasão) é deixada de lado. Agora, na Teoria da Abordagem Empírica em Campo ou “dos efeitos limitados”, o olhar da pesquisa recai sobre toda a mídia de forma global, a partir do ponto de vista da capacidade geral de influência sobre o público.
Portanto, o principal problema-objeto persiste na capacidade de influência da mídia sobre o público, mas com uma diferença em relação às pesquisas precedentes. Se a Teoria Hipodérmica falava em manipulação rápida e a Empírico-Experimental se ocupava da persuasão; esta está voltada para o conceito de influência não exercida apenas pela mídia, mas contemplando os relacionamentos comunitários, onde os meios de comunicação são apenas um componente à parte.
Isso significa que ela consiste em unir os processos de comunicação de massa às características do contexto social em que eles se realizam. Sendo assim, a teoria se aprofunda mais especificamente em dois itens: 1) diferenciação de públicos e seus modelos de consumo de comunicação de massa e 2) a mediação social que caracteriza o consumo.
1) O primeiro item é destrinchado nos seguintes pontos:
1.1 A pesquisa sobre o consumo dos meios de comunicação de massa
1.2 Análise de conteúdo – saber o que o consumidor extrai do conteúdo
1.3 Características dos ouvintes – saber o que o programa significa para os ouvintes; qual seu apelo. A quem atrai? Sexo, idade, grupos sociais.
1.4 Estudos sobre as gratificações – o que determinado programa significa para elas? Qual o apego emocional?
Resumindo, o primeiro item apresenta, desde o início, uma análise mais complexa do que uma simples questão quantitativa. Em primeiro lugar, ela investiga os efeitos pré-seletivos e os efeitos sucessivos. Ou seja, o meio seleciona o próprio público e apenas posteriormente exerce alguma