teoria dos valores
Profa. M.sc. Ana Carolina Gondim
Aula 2 – Teoria dos Valores
“Esta caneta é ruim.”
“Este profissional agiu mal negligenciando sua responsabilidade.”
Essas afirmações se referem a juízos de realidade1 quando partimos do fato que a caneta e o profissional existem; mas a juízos de valor quando lhe atribuímos uma qualidade que mobiliza repulsa ou atração. Ou seja, algo possui valor quando não permite que as pessoas fiquem indiferentes.
As pessoas possuem a capacidade de atribuir qualidades as coisas, acontecimentos e ao seu próximo, isto só é possível em virtude da existência dos valores.
Portanto, valor é o que é valioso.
A ética é a teoria do valor do bem e da conduta humana, que tem por objetivo realizar esse valor. Assim, a moralidade humana se ampara em valores. Há uma conexão íntima entre o dever e os valores, pois a resposta à pergunta “o que devemos fazer?” só se responde depoisde saber a resposta á indagação “o que é valioso, o que tem valor na vida?”
E esta escolha – do que é valioso -deve basear-se numa preferência entre o bom e o mau. Diante da necessidade de solucionar um problema, por mais simples que seja, pressupõe uma escolha entre essa ou aquela possibilidade. Em outras palavras, a conduta A é preferível porque se apresenta como comportamento mais elevado moralmente, portanto, mais valioso ou valoroso e, nessa perspectiva, a conduta B é ignorada porque é considerada menos valiosa ou moralmente negativa.
Segundo Vásquez (2012, p. 135): “Todo ato moral inclui a necessidade de escolher entre vários atos possíveis”.
Dessa forma, os valores não possuem uma realidade em si, mas só existe e tem sentido se vinculado a atos e coisas; os valores não são uma realidade ideal que a pessoa contempla abstraída de si mesma; ao contrário, os valores são algo que a humanidade realiza em sua própria experiência e vai assumindo expressões diversas projetando-se através do tempo.
Segundo Reale (2007, p. 158):
Os valores, enquanto