teoria dos erros
Para o processo de medição de uma grandeza física que será utilizado nas experiências, será necessário a introdução do conceito de Incertezas.
3.1 Incerteza absoluta
Conforme já vimos, ao medirmos uma grandeza, seu valor será dado pelos algarismos efetivamente gravados numa escala e quando possível por mais um algarismo avaliado a critério do operador, chamado de duvidoso. Assim, utilizando-se uma régua comum encontramos para um dado comprimento, citado no exemplo anterior, 8,26 cm. O algarismo 6 é duvidoso; desta forma dizemos que ele está afetado de uma incerteza.
Como geralmente não conhecemos se o valor da incerteza é para mais ou para menos, ou seja, seu sinal, adota-se um valor ± D que cobrirá um intervalo igual a 2 | D | em torno do valor medido.
Define-se como Incerteza Absoluta o valor ± D . A amplitude dessa incerteza é fixada pelo operador e depende de sua perícia, da segurança desejada, da facilidade de leitura e do próprio aparelho ou instrumento utilizado. Retornando ao exemplo citado, poderíamos ter adotado para uma medida feita com uma régua uma incerteza igual a ± 0,2 mm. Neste caso o comprimento AB do segmento em questão deverá ser corretamente apresentado da seguinte forma:
AB = (8,26 ± 0,02) cm
3.2 Incerteza relativa
É a relação entre a incerteza absoluta adotada na medição do valor de uma grandeza e este valor. Da mesma forma que o desvio relativo, a incerteza relativa nos dará uma apreciação da medida e é freqüentemente representada na forma percentual. Ainda com relação à medida do comprimento em questão, temos a incerteza relativa:
Incerteza Relativa = 0,02 cm / 8,26 cm = 0,0024 ou 0,24%
Observação: No caso de uma única medida falaremos sempre em incerteza e não em desvio ou erro, visto não conhecermos nem o valor real e nem o valor mais aproximado da grandeza.