Teoria dos Efeitos Limitados
Trata de influência e não apenas da que é exercida pelos mass media, mas da influência mais geral das relações sociais. É difícil separar completamente esta teoria, de orientação sociológica, da Teoria da persuasão, cujo desenvolvimento ocorreu de forma paralela. Em síntese, diz respeito a todos os mass media do ponto de vista da sua capacidade de influência sobre o público e da influência mais geral das relações sociais, da qual os mass media são apenas uma parte. Nesta teoria, que consiste em associar os processos comunicativos de massa às características do contexto social em que estes se realizam, é possível distinguir duas correntes: a primeira diz respeito ao estudo da composição diferenciada dos públicos e dos seus modelos de consumo da comunicação de massa. A segunda, e mais significativa, compreende as pesquisas sobre a mediação social que caracteriza esse consumo.
A Pesquisa de Lazarsfeld sobre o consumo dos mass media
Em 1940, Paul Lazarsfeld, estabeleceu três processos diferentes para se saber o que um programa significa para o público. 1- Análise de conteúdo 2- Características dos ouvintes 3- Estudos sobre as satisfações
A este propósito, Lazarsfeld fala de efeitos pré-seletivos e de efeitos posteriores. Em primeiro lugar, o meio seleciona o público e só posteriormente exerce a influência sobre esse público. Dessa forma, deixa de salientar a relação causal direta entre propaganda de massas e manipulação da audiência para passar a insistir num processo indireto de influência e formação de opinião, no seio de determinadas comunidades. Na dinâmica que gera a formação da opinião pública, em que participam também os mass media, o resultado global não pode ser atribuído aos indivíduos considerados isoladamente; deriva, da rede de interações que une as pessoas umas às outras. Portanto, A teoria dos efeitos limitados, em suma, coloca em vantagem a influência pessoal, em relação à eficácia dos mass media, limitando assim,