Teoria do jornalismo i (traquina)

Nelson Traquina, no segundo capítulo de seu livro Teoria do Jornalismo, evidencia os contextos históricos da trajetória e desenvolvimento do Jornalismo, desde os primórdios, até os tempos contemporâneos, sempre destacando e analisando a liberdade como elemento essencial para o exercer dessa ciência humana. É possível notar que ao longo dos anos a presença da imprensa se torna fundamental para a seguridade do processo democrático, onde é destinado aos jornalistas a tarefa do vigiar e cobrar os poderes governamentais. Não é á toa que o jornalismo é visto como o elemento que se estabelece entre a população e o poder, criando um elo de comunicação entra as facetas populares e governantes.
O jornalismo como elemento intrínseco na democracia se deu ainda no século XIX, chamado período de ouro da profissão e quando se observa o seu maior desenvolvimento, através da própria expansão do jornalismo, difundido agora entre os populares através da comercialização. A função de jornalista se tornaria oficialmente profissional, ao passo que as notícias por esses veiculadas, se tornariam mercadoria no emergente boom informacional.
A dedicação exclusiva à produção jornalística alterou a dinâmica do processo, com a informação tomando o lugar da publicidade, que se tornaria ao longo desse desenvolvimento um elemento agregador e motivador financeiro, e não mais o central das publicações.
A forma do exercício da profissão também exigia novas maneiras, introduzindo conceitos que se tornariam os principais delineadores da profissão. Valores como a notícia, a procura da verdade, a independência, a objetividade e noção de serviço ao público se tornariam essenciais para o exercer correto da prática, em prol sempre da maior fidelidade possível nos noticiários em face de interesses maiores que circundavam o mundo da informação.
O jornalismo como negócio, fato discutido até os dias de hoje, foi fator de discussão no século de ouro. Com o surgimento da possibilidade do lucro através da