Teoria Do Inicio Da Sociedade Por John Locke
Pretende-se elaborar, nas linhas que se seguem, uma análise, ainda que bastante superficial, dos modelos políticos propostos por John Locke. Sua obra é considerada fundamental para o entendimento de temas relacionados a ciência política, tais como: igualdade, liberdade, estado de natureza e contrato social. Todavia, verificaremos a seguir, especificidades em cada um desses pontos.
O filósofo inglês John Locke, um dos principais teóricos do contrato social, tem seu pensamento constantemente revisitado devido à sua importância para a teoria política. Sob a perspectiva de alguns analistas, John Locke não tem muita originalidade, mas seu trabalho foi de muita importância para a consolidação do pensamento político de toda uma geração. O Segundo tratado sobre o Governo Civil é considerado uma das principais obras de Locke, já que o autor expõe sua teoria sobre o Estado Liberal demonstrando cada ponto investigado sob uma análise racional.
Locke define o estado de natureza como um estado em que todo homem é livre, igual e independente por natureza cuja maior parte da humanidade já havia passado ou ainda se encontrava. Esse era o caso das sociedades indígenas americanas. Nesse estado, vivia-se em um estágio pré-social e político que se caracterizava pela liberdade e igualdade. Deve-se salientar que no estado de natureza lockeano os homens eram dotados de razão, levando à implantação de um ambiente de paz relativa, harmonia e concórdia, mesmo que esse não esteja isento de imprevistos.
A transição do estado de natureza para o estado social é feita pelo povo, que se une livremente e cria o contrato social. Segundo Locke, ao criar a sociedade política, os homens firmam um pacto de submissão em que cada indivíduo através do consentimento, formam uma comunidade, dando a ela o poder de agir como um corpo único seguindo a vontade e determinação da maioria e que tem como objetivo a preservação do direito à propriedade e