Teoria do design
Em 2009, no último ano do segundo grau escolar, me foi pedido para escolher a minha futura profissão, para assim poder passar pelos testes exigidos e entrar em uma faculdade que me ensinaria essa tal futura profissão. Fiquei na dúvida, como acredito que a maioria das pessoas fiquem, não sabia exatamente sobre o que eu gostaria de me aprofundar e tomar conhecimento. No meio desse mar de dúvidas, descobri que existia um curso chamada desenho industrial que envolvia coisas como criação, criatividade, arte, dentre outros. Me pareceu bom e resolvi entrar nesse mundo sem nem ao menos saber direito para onde eu estava indo.
Depois de entrar na faculdade, depois de ter escolhido qual profissão seguir, tentavam entender o que era esse tal de design. “Você fica o dia inteirando desenhando? Faz desenhos técnicos? Usa computador ou faz tudo na mão? É como arquitetura? É desenhar quadrinhos?” E eu, na minha ingenuidade escolhia um objeto qualquer e falava “Sabe essa cadeira? Foi um designer que fez. A embalagem desse produto? Foi um designer que desenhou.” E essa me parecia a forma mais simples de explicar para as pessoas o que eu tinha escolhido estudar.
Durante a faculdade eu mesma pude ver que boa parte dos meus parâmetros a cerca do que era design estavam equivocados. Pude estudar e compreender a história do design no mundo e no Brasil, ter experiências sobre a maioria dos processos que englobam o design e finalmente entender, que bem como Miller pode concluir, o design é todo e qualquer processo de pensamento que gera a criação de qualquer coisa, alguma coisa. Só que não apenas isso, dentro desse processo existem inúmeras questões que eu só pude compreender vivenciando.
E com esse tempo de vivenciamento, estudando e trabalhando com design, as questões sobre consumismo, sustentabilidade e ética, se tornavam cada vez mais presentes e importantes. Mais do que saber qual cor seria a adequada e surtiria maior efeito