Teoria do Desenvolvimento Desigual e Combinado
Faculdade de Serviço Social
Trabalho
“A miséria dos turistas trabalhadores”, “Na chegada, salários abaixo do combinado e moradias precárias” e a teoria do desenvolvimento desigual e combinado.
Fernanda Lachini
Marina Gabriela Araujo
Rio de Janeiro
2015.1
Mais de cento e vinte anos após a proibição do trabalho escravo, milhões de pessoas ainda se sujeitam a viver em tal regime no Brasil, ao caírem na ilusão das oportunidades que a cidade grande pode oferecer.
Se nos dias de hoje não nos deparamos mais com correntes e senzalas, encontramos facilmente em algumas regiões do país, trabalhadores que relatam suas condições de trabalho que remetem a um novo tipo de escravidão.
É considerado trabalhador escravo aqueles que são obrigados a se submeterem á trabalhos forçados, jornadas exaustivas, condições degradantes e tendo sua locomoção restrita em razão de dívidas contraídas com seu empregador.
É possível constatar relatos desse tipo principalmente no Norte e no Nordeste do país, onde hoje temos um alto índice de trabalhadores que saem de sua terra de origem em função de propostas de emprego aparentemente tentadoras. Como é relatado na coluna “Retratos do Brasil” no jornal “O Globo”, o caso das agências de turismo no Maranhão, que são mera fachada para a exportação de mão-de-obra para o Sudeste e Centro-Oeste.
Diferentemente dos antigos trabalhadores que criavam raízes nos lugares que iam procurar melhores condições de vida, os operários atuais vão em busca de trabalhos temporários. Como é citado na reportagem, no Estado do Maranhão, a migração sazonal movimenta cerca de um milhão de pessoas por ano.
Isso acontece, pois com o capitalismo as grandes cidades passaram a ser movidas pela industrialização e consequentemente pela mão-de-obra do proletariado, o que faz as cidades menos desenvolvidas apenas fornecedoras de mão-de-obra.
O fato mais marcante da teoria do desenvolvimento desigual e combinado de Trotsky, é