Teoria do conhecimento-antiguidade, idade moderna e contemporâneo
A Teoria do Conhecimento pode ser definida como a investigação do conhecimento verdadeiro. Neste sentido podemos dizer que existem tantas teorias do conhecimento quantos foram os filósofos que se preocuparam com o problema, pois é impossível constatar uma coincidência total de concepções mesmo entre filósofos que habitualmente são classificados dentro de uma mesma escola ou corrente.
Cada teoria do conhecimento constitui, portanto, uma reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o valor do conhecimento. Nesse seu processo de valorização colaboraram, de forma decisiva, as obras do filósofo francês René Descartes (1596-1650), do filósofo inglês John Locke (1632-1704) e do filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804).
1. A teoria do conhecimento na Antigüidade
(Sócrates, Platão e Aristóteles)
Sócrates (c 470-399 a.C.) colocou a reflexão filosófica, iniciada pelos pré-socráticos, na via da verdade que havia sido abandonada por alguns sofistas deslumbrados pela retórica, o bem falar ou o bem expor suas opiniões. Segundo Aristóteles, ele contribuiu para a teoria do conhecimento com a definição de universal e com o uso do raciocínio indutivo.
Definir é marcar limites, é dizer o que uma coisa é, ou seja, descobrir a essência das coisas. Portanto, a procura da verdade empreendida por Sócrates está centrada no ponto de vista do ser. Voltando sua atenção para o problema do homem, Sócrates faz uma análise detalhada das qualidades individuais e das virtudes humanas, determinando e definindo essas qualidades como sendo a bondade, a justiça, a temperança, a coragem etc. Quando pergunta o que é cada uma das virtudes, está querendo defini-la, saber qual é sua essência. Sócrates, entretanto, não define o próprio ser humano. Por quê? Porque, ao contrário da natureza, o ser humano não pode ser definido em termos de propriedades objetivas, só em termos da sua consciência.
Platão