TEORIA DE Pierre Bourdieu
O sociólogo Bourdieu, foi e continua sendo de grande importância para o desenvolvimento do sistema educacional do Brasil e do mundo. Ele desenvolveu a problemática, desigualdade social e escolar, sempre com uma visão otimista que atribuía a escolarização como um papel central no duplo processo de superação do atraso econômico, do autoritarismo e dos privilégios adscritos, associados às sociedades tradicionais e de construção de uma nova sociedade, justa, moderna e democrática. Suponha-se que por meio da escola publica e gratuita seria resolvido o problema do acesso à educação e assim garantiria a principio, a igualdade de oportunidades entre todos os cidadãos.
Dessa forma os indivíduos competiriam dentro do sistema de ensino em condições iguais e aqueles que se destacassem por dons individuais, seriam levados por uma questão de justiça ao avançarem em suas carreias escolares e posteriormente ao ocupar posições superiores na hierarquia social.
Umas das teses defendidas por Bourdieu é a de que os alunos não são indivíduos abstratos que competem em condições relativamente igualitárias na escola, mais sim atores socialmente constituídos que trazem em larga medida incorporadas em suas bagagens sociocultural diferenciadas mais ou menos rentável no mercado escolar.
Outra tese defendida pelo sociólogo é sobre a escola e seu papel na reprodução das desigualdades sociais. A escola na perspectiva dele não seria uma instituição imparcial que simplesmente seleciona os mais talentosos a partir de critérios objetivos, ele questiona frontalmente a neutralidade da escola e do conhecimento escolar, argumentando que essa instituição representa e cobra dos alunos basicamente os gostos, crenças, posturas e valores dos grupos dominantes.
Em contraposição ao subjetivismo ele afirma de modo radical, o caráter socialmente condicionado das atitudes e comportamentos individuais. O individuo é um ator socialmente configurado em seus mínimos detalhes, por outro