Teoria de descartes e david hume
No racionalismo de Descartes, o objetivo do projeto cartesiano é o de reconstruir o sistema do saber do seu tempo, pois, esse sistema está desorganizado e baseado em falsos princípios. Os princípios do novo sistema do saber devem ser verdades absolutas, ou seja, totalmente indubitáveis. Descartes para descobrir princípios absolutamente indubitáveis, tomou como estratégia submeter à dúvida os conhecimentos existentes para ver se algum resiste. A dúvida é hiperbólica, implacável, transformando a mais frágil suspeita em sinónimo de falsidade. Então todos os conhecimentos respeitantes a objetos quer sensíveis quer inteligíveis (matemáticos e intelectuais) ficam sob suspeita e são declarados falsos.
O primeiro conhecimento a resistir à dúvida é o da existência do sujeito que duvida da realidade de todos os objetos. Será o primeiro princípio do sistema do saber. Existem verdades que se deduzem do primeiro princípio como a distinção Alma-Corpo que diz que o sujeito que de tudo duvida menos da sua existência é uma substância pensante, puramente racional, que existe, mesmo que a existência do seu corpo seja duvidosa. A distinção Alma-Corpo é outro dos princípios do novo sistema do saber. Deste novo princípio deriva então o cogito “Penso, logo, existo” e como a dúvida é um ato do pensamento que só é possível se existir um sujeito que a realize, a existência desse mesmo sujeito que duvida é uma verdade indubitável, assim o cogito “Penso, logo, existo” pode ser traduzido em “Duvido, logo, existo”.
O fundamento metafísico do sistema do saber baseado na existência de Deus como um sujeito imperfeito, que duvida e muitas coisas desconhece. Conclui que só um ser perfeito pôde ser a origem da ideia de perfeição. Deus existe necessariamente. Deus, uma vez que não nos engana nem ilude, é a garantia da objetividade dos conhecimentos que deles tenha consciência atual ou não. Sendo uma realidade metafísica, é o fundamento