Teoria de Criação da Lua
Até recentemente, havia três teorias para a formação da Lua:
1. co-acreção, que propunha que a Lua se formou ao mesmo tempo que a Terra a partir da Nebulosa Proto-planetária Solar;
2. fissão, propunha que o material que forma a Lua se separou de uma Terra ainda em fusão por efeito da rotação;
3. captura, propunha que a Lua era um pequeno planeta capturado pelo campo gravitacional da Terra.
Com os dados obtidos pela análise das rochas lunares, uma nova teoria foi desenvolvida e que é geralmente a mais aceite: a do impacto; esta teoria parte da ideia que a Terra chocou com um objecto pelo menos tão grande como Marte (designado por “Theia”, Halliday [2000]; Hartmann and Davies [1975], Cameron and Ward [1976] and Cameron [1984]) e a Lua formou-se a partir do material então resultante dessa colisão, como se pode ver nas figuras. Neste evento, o planetesimal que atingiu a Terra,atingiu-a tangencialmente no inicio da formação do Sistema Solar, aproximadamente 50 Ma após a sua formação (Halliday, 2000) há cerca de 4500 Ma (4.5 Ga). Esta ideia baseia-se na evidência da similaridade da composição de isótopos de oxigénio entre a Terra e a Lua (Clayton and Mayeda, 1975), a qual sugere que a Terra e a Lua ter-se-ão formado a partir da acreção de material original semelhante. Este evento ocorreu no período em que os planetas terrestres (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) estavam a ser formados ao longo do disco proto-planetário. Nessa área do Sistema Solar houve um período contínuo de colisões entre objectos, durante o período de crescimento por acreção do material, em que os proto-planetas ficavam cada vez com maior tamanho, formando o interior do sistema solar a uma distância de 0.5 a 1.5 AU.
Nos últimos 30 anos, vários investigadores (ex. Goldreich and Ward [1973], Gaffey [1990], Cuzzi et al. [1993] and Canup and Agnor [1998]) têm sugerido que este período de acreção ocorreu em três partes:
1. O sistema começou inicialmente com grãos de pó