Teoria de aprendizagem de vygotsky
Vanessa Mutti de Carvalho Miranda
A teoria interacionista de aprendizagem de Vygotsky revela um enfoque na relação entre o individuo e seu ambiente físico e social. Na obra Formação Social da Mente ele questiona que esse enfoque não tem sido considerado pelos estudiosos da época. Assim, a sua teoria inaugura que o pensamento humano é constituído socialmente e historicamente, a partir das possibilidades que o individuo tem na relação com os meios físicos e simbólicos. Por exemplo, no aprendizado infantil o meio físico se caracteriza pelo uso de um brinquedo de encaixe, uso de talheres, uso de um carrinho de empurrar e o meio simbólico é experimentado nas relações culturais de valor e de costume, como explicar o procedimento de um determinado uso, a imitação de um costume e etc.
Essa nova abordagem torna-se importante na medida em que sintetiza que o individuo não é um ser pronto para desenvolver-se simplesmente devido à capacidade biológica, mas que seu desenvolvimento acontece, paulatinamente, através da interação com o outro e o meio; seu desenvolvimento acontece nas experiências culturais que são constituídas historicamente em gerações precedentes.
Na escola essa abordagem pode ser aplicada na relação dialógica entre o educando e o professor. O professor é essa figura que proporciona a aquisição de novos conhecimentos e conceitos.
Vygotsky fundamenta que essa relação dialógica se dá na experiência, no contato, na relação. Devido ao fato das funções de desenvolvimento infantil se darem em dois níveis psicológicos: primeiro no nível social ou interpsicológico e depois no nível individual ou intrapsicológico. Grosso modo, um processo inter é transformado num processo intra, o que vai se chamado de internalização “chamamos de internalização a reconstrução interna de uma operação externa” (Vygotsky, ano, pág. 74). Mas esse processo não acontece como mera cópia. Essa apropriação é resultado da mediação. Deve-se entender