Teoria das Organizações de Trabalho
O início do século XXI foi marcado por um conjunto de transformações sociais, políticas, ecológicas e económicas. Estas mudanças requerem adaptações do modelo capitalista até então praticado, cujos alicerces da administração que se encontram nas organizações ainda estão baseados no modelo for dista do início do século XX: verticalizarão, estrutura hierárquica, produção padronizada e trabalhadores assalariado.
No lugar desse modelo começam a surgir processos horizontalizados, estruturas de trabalho em redes, valorização do conhecimento, aprendizagem e a conscientização da necessidade de constante inovação devido ao aumento da velocidade de implementação de novos produtos no mercado, novas empresas, dinâmicas de translações globalizadas e, consequentemente, aumento da demanda por diferenciação para sustentar a competitividade.
Nesse contexto, as organizações com o foco do administrador requerem uma discussão das abordagens, clássica, de relações humanas, comportamentalista, estruturalista, sistémica, contingência, crítica, psicanalítica, da complexidade e a pós-moderna. Essa análise leva a reflexão sobre a teoria da administração actual, dentro do actual cenário onde a sustentabilidade organizacional pode estar alicerçada em uma estratégia de inovação e a empresa, seu conhecimento, aprendizado, trabalho, paradoxos e tendências administrativas devem ser reavaliados dentro dessa nova realidade do mercado capitalista.
Di Sério e Vasconcelos (2009) mencionam que no século XX prevaleceu nas empresas a dimensão racional do conhecimento. Contudo, incorporar o processo criativo e as dimensões do conhecimento nas organizações é uma demanda actual e, portanto a mudança no modelo de gestão torna-se necessária.
Numa abordagem sistémica, as mudanças da humanidade já não se processam de maneira progressiva, cumulativa e padronizada mas, sim, de forma descontínua. Di Sério e Vasconcelos (2009) apontam a que essa descontinuidade deve-se as diferentes