Teoria das Janelas Quebradas
A teoria das janelas quebradas foi criada pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, eles estabeleceram uma relação de casualidade entre a desordem e a criminalidade. Basearam-se no episódio desenvolvido pela Universidade de Stanford nos EUA que para fazer uma pesquisa social colocaram dois carros idênticos em duas regiões distintas dos EUA, um ficou localizado no Bronx e outro em Palo Alto, zona rica da Califórnia. Observou-se que o carro do Bronx foi vandalizado em poucas horas enquanto o outro permaneceu intocável durante uma semana inteira. Os pesquisadores então decidiram quebrar a janela do carro intacto e, como previsto, em poucas horas o carro começou a ser vandalizado. Percebeu-se, portanto, que o fato de a janela ter sido quebrada desencadeou em uma série de processos delituosos. Foi através desse estudo que Wilson e Kelling desenvolveram sua teoria e adotou o nome de “a teoria das janelas quebradas”, eles acreditam que o descaso com uma certa comunidade faz com que crimes sejam gerados. O lixo, a deteriorização, a falta de observância de um poder público atuante faz com que as pessoas estejam propensas a praticar crimes. Como se pode observar, mesmo em Palo Alto o carro fora destruído, ou seja, a partir do momento em que algo se mostra deteriorado e abandonado, as pessoas tendem a pensar que ninguém se importa com aquilo e que pode ser destruído. A teoria acredita também que a não punição de pequenos delitos faz com que faltas mais graves sejam feitas, desencadeando em uma maior violência.
A Teoria das Janelas Quebradas definiu um novo marco no estudo da criminalidade ao apontar que a relação de causalidade entre a criminalidade e outros fatores sociais, tais como a pobreza ou a "segregação racial" é menos importante do que a relação entre a desordem e a criminalidade. Não seriam somente fatores ambientais (mesológicos) ou pessoais (biológicos) que teriam influência na