Teoria da paisgem
“Júlio de Mesquita Filho”
Relatório referente ao Trabalho de Campo da disciplina “Teoria da Paisagem”, ministrada pela professora Luciene C. Risso, para obtenção parcial de nota.
OURINHOS Junho/2009
Introdução
O estudo da Paisagem esteve intrinsecamente ligado à Geografia desde o seu início, percorrendo por toda evolução do Pensamento Geográfico, variando seu conceito em diferentes correntes, às vezes sendo descartado, esquecido, ou simplesmente ignorado. Essa abdicação da discussão do conceito de paisagem, se deu, e às vezes, ainda é dado, pela dificuldade de uma abordagem concreta sobre paisagem, visto que trata-se de um termo, e mais que isso, um conceito de difícil explanação, dado seu grau de subjetividade. Diversos foram os estudiosos geógrafos que buscaram um sentido pra o termo, e principalmente um conceito adequado para uma aplicação bem sucedida do estudo da paisagem na geografia, buscando assim uma melhor compreensão da relação sociedade x natureza.
Porém, muitas vezes, o estudo da paisagem baseou-se apenas na análise da natureza, dos aspectos naturais do ambiente, deixando de lado relações humanas e suas implicações no meio natural. A natureza era estudada por seus caracteres naturais com um caráter classificatório, que muitas vezes não respondia as perguntas feitas pelos pesquisadores, justamente por não tratar da sociedade inserida na natureza.
O geógrafo francês Georges Bertrand, frente a tantos questionamento acerca deste conceito, buscou, na década de 70, um inovador estudo tentando elucidar o conceito de paisagem, criando a teoria dos Geossistemas, onde propõe um esquema taxonômico, proposta em função da escala temporo-espacial. Este esquema inclui seis níveis temporo-espaciais, com três categorias de análise: o próprio Geossistema, que é onde se acentua o complexo geográfico; as Geofácies onde