Teoria da multicausalidade e a teoria da determinação social
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
São Paulo 2011
A concepção que o ser humano apresentou sobre as doenças, no decorrer do contexto histórico, absorveu influência das transformações econômicas, sociais e culturais que ocorreram em cada período, determinando o perfil epidemiológico de cada classe social na sociedade.
No período que antecedeu o capitalismo, ficaram marcadas por elucidações referentes a magias e religiosidade acerca do fenômeno saúde-doença, a qual predominou no pensamento ocidental foi a TEORIA DA UNICAUSALIDADE que reconhece que a causa única e fundamental da doença situa-se fora do organismo humano acometido.
Contudo, diante do processo de urbanização que se estabeleceu no período industrial, principalmente no que se refere às condições de vida e de trabalho da classe operária, devido ao grande fluxo de pessoas nas cidades surgem os problemas estruturais como as condições sanitárias.
Com crescimento das populações nos grandes centros, provocado pelo capitalismo (liberalismo), na transição dos séculos XIX e XX, com o agravamento da questão social, bem como pontua Behring, com o crescimento e organização do movimento operário, que passou a ocupar espaços políticos importantes, a burguesia concede intervenções nas politicas sociais. Entre tantas reinvindicações sobre as condições de vida, surgem também alguns teóricos na qual estudaram que certos problemas de saúde decorrentes das condições socioeconômicas, insurgindo assim, as teorias multicausais, pontuando a insuficiência do modelo unicausal e alertando para a questão do adoecimento pode estar na complexidade entre “interação dos diversos fatores existentes envolvendo o ambiente, o ser humano e os agentes etiológicos” (POSSAS aput ALMEIDA; OLIVEIRA; RIBEIRO, 2005, p.02).
No entanto a teoria da multicausalidade adota a diminuição do social e sua descaracterização através de constituições não históricas e biologistas, ou seja,