TEORIA DA LIGAÇÃO DE VALÊNCIA
O modelo de Lewis assume que cada par de elétrons ligantes está localizado entre dois átomos ligados. No entanto, sabe-se a partir da dualidade onda-partícula, que a localização de um elétron em um átomo não pode ser descrita em termos de posição precisa, mas sim em termos de probabilidade de o encontrarmos em algum lugar do espaço definido pelo seu orbital.
A teoria da ligação de valência foi a primeira teoria mecânico-quântica de ligação a ser desenvolvida e é utilizada como uma maneira de expressar os conceitos de Lewis em termos de função de onda.
Quando dois átomos se ligam para formar uma ligação covalente, um orbital atômico de um átomo se superpõe ao orbital atômico do outro e o par de elétrons associado à ligação covalente é compartilhado entre os dois átomos na região em que se superpõem.
A força da ligação é proporcional à superposição dos orbitais atômicos. Em consequência os átomos na molécula tendem a ocupar uma posição em que haja um máximo de superposição entre os orbitais.
Por motivos do principio de Pauli somente elétrons com spins emparelhados podem contribuir para a TLV.
HIBRIDIZAÇÃO
Orbitais híbridos: formados pela associação de dois ou mais orbitais atômicos, possuindo propriedades direcionais diferentes das dos orbitais atômicos dos quais eles foram formados.
ORBITAIS HÍBRIDOS sp
O berílio (Z = 4) forma com o hidrogênio um composto que a altas temperaturas existe como moléculas discretas BeH2. Sua estrutura de Lewis mostra menos que um octeto na camada de valência do Be:
H:Be:H
A configuração eletrônica do berílio no estado fundamental é:
Be (Z=4) 1s2 2s1 2px 2py 2pz
Quando o Be forma duas ligações, seus orbitais 2s e um dos 2p são substituídos por dois orbitais novos chamados orbitais híbridos, que são usados para a ligação. Diz-se que esses orbitais devem se misturar ou hibridizar, para formar dois novos orbitais híbridos. Isto acontece de duas maneiras, primeiro pela adição