Teoria da Evolução
Não sei como pude relegar por tanto tempo um post sobre um dos pilares do ateísmo: a Teoria da Evolução de Charles Darwin, ou Darwinismo. Amplamente combatida pelos adeptos do criacionismo e do “design inteligente” (não tem como escreve isso sem aspas), as evidências desta teoria estão aí para quem quiser ver. Vale lembrar que o termo “teoria”, na ciência, não quer dizer “hipótese” ou “achismo” como alguns querem fazer acreditar. Para o mundo científico, uma teoria é um conjunto de fatos e ideias, ou seja, hipóteses que tenham evidências empíricas que melhor explicam o funcionamento da realidade. Por exemplo, temos a Teoria da Gravitação, que explica como a gravidade funciona.
O mais interessante é que a Teoria da Evolução não diz nada sobre como a vida surgiu, mas sim como ela evoluiu. Ainda assim, os criacionistas decidiram atacar a teoria que não leva “deus” em conta. Eles pregam que seu deus (não foi nenhum deus hindu, ou grego, ou sumério, ou egípcio. Foi o deus judaico-cristão, vale frisar) criou o homem do nada, por força do verbo. Se a Terra já existia ou não, isso não é importante no criacionismo. Apenas o fato de que o homem surgiu a menos de 10.000 anos atrás, de forma a validar as citações bíblicas.
No mundo real, em compensação, cientistas estudaram e teorizaram a respeito de como poderia ter ocorrido o surgimento da vida. Aleksandr I. Oparin, em 1936, sabendo quais elementos estavam presentes no momento de formação da Terra, elaborou o livro "A Origem da Vida". Com base nestas idéias, em 1953, Stanley L. Miller e Harold C. Urey da Universidade de Chicago fizeram uma experiência onde, simulando o ambiente da Terra no seu primórdio, conseguiram obter moléculas orgânicas, componentes básicos dos seres vivos de hoje.
Como se vê, o criacionismo deveria combater a biogênese do ponto de vista científico, não o evolucionismo. Mas em geral, os religiosos são pessoas ignorantes, ingênuas ou simplesmente manipuladores, e decidiram atacar em peso