Teoria da Estabilidade Hegemonica
Principal formulador: Charles Kindelbeger
É necessário haver um ator hegemônico capaz de impor regras e garantir que elas sejam cumpridas. Quando há esse ator hegemônico, o Sistema Internacional se torna mais estável, pois ele seria responsável pela manutenção da ordem no plano internacional. Assim, a ausência desse único ator (Anarquia Internacional) está ligada à desordem.
Regimes só seriam criados sobre o estimulo do poder hegemônico. Ou seja, os regimes internacionais não surgiriam espontaneamente.
Hegemonia = preponderância sobre recursos materiais de poder. Quem detém esses recursos de poder, possui vantagens comparativas no ponto de vista econômico. No ponto de vista de “high politcs”, quem detém tais recursos possui uma posição de domínio, controle do exercício do poder militar. Hegemonia, então, seria deter essa condição de domínio sobre os demais no controle de recursos materiais.
Assim, quanto mais uma determinada potencia tiver condições de regular a ordem econômica, mais cooperativa será as relações interestatais, maiores serão as possibilidades de se formar regimes, formalizar acordos, de se criar novos instrumentos de cooperação, porque tudo isso é estimulado pela existência de uma potencia hegemônica.
Ex: presença de um hegemônico no comercio:
Livre comércio precisa de um “déspota benevolente”. Este déspota tentaria criar um sistema internacional de comércio mais transparente, mais claro – para evitar o que aconteceu no entre guerras. Ele, então, seria capaz de impor tarifas mais baixas, de combater o protecionismo, regular as relações monetárias, etc. Porém, para que todos pudessem seguir essas novas regras, seria preciso a presença de um hegemônico, capaz de impor tais normas aos Estados.
Portanto, a teoria da estabilidade hegemônica é baseada em duas crenças:
1) A Ordem na política mundial é criada por um único poder hegemônico. Assim, a formação de regimes internacionais depende da