Teoria da escola enquanto aparelho ideológico de Estado
Althusser analisando a reprodução das condições de produção foi levado a distinguir no Estado dois Aparelhos: os Repressivos de Estado e os Ideológicos de Estado. Os Aparelhos Repressivos de Estado funcionam a base da violência e os Aparelhos Ideológicos de Estado (AIE), conforme o nome, funcionam a base da ideologia.
Como o mais bem acabado Aparelho Ideológico, a Escola exerce o papel determinante no posicionamento do indivíduo na relação “explorador e explorado” (que resulta no capitalismo) e também no seu movimento nas diversas classes.
Uma grande parte da sociedade conclui a escolaridade básica e estes são introduzidos no processo produtivo (são os chamados camponeses e operários). Outra parte são os chamados “pequenos burgueses” que avançam no processo de escolarização, porém interrompem no meio do caminho. E por fim, uma pequena parte conclui todo o processo de escolarização, este serão os “agentes da exploração; repressão” e os “profissionais da ideologia”.
Enfim, temos inseridos nessas classes os denominados marginalizados que são, pois, a classe trabalhadora.
TEORIA DA ESCOLA DUALISTA
A escola que teria que ter uma aparência unificadora, de equalização social, é, porém, dividida em duas classes: a burguesia e o proletariado. Esta divisão será sempre em proveito da classe dominante.
Há duas teses básicas para explicar essa situação: a rede de escolarização Primária Profissional (PP) e a Secundária Superior (SS). A primeira para a classe mais pobre, impedida de ter acesso às escolas superiores. A segunda, para a classe burguesa, capaz de chegar aos níveis superiores e manter o poder nas mãos. Este é o Aparelho Ideológico de Estado Capitalista que engrandece o trabalho intelectual e desqualifica o trabalho manual. Consequentemente a escola deixa de ser um instrumento de equalização social e fica como um fator de marginalização.
PARA UMA TEORIA CRÍTICA DA EDUCAÇÃO A teoria