Teoria da equidade
Diferentes teóricos tentaram analisar a noção de equidade. A teoria da dissonância cognitiva de FESTINGER inspirou a teoria de ADAMS, elaborada em 1963.[1] Para ADAMS, existe percepção de uma injustiça cada vez que existe uma desigualdade entre o rácio compensação-retribuição de um indivíduo e o rácio dos outros. A compensação corresponde ao aspecto financeiro, interesse prestado, assim como o nível de formação e de qualificação. «O sentimento de desigualdade» é fonte de tensão e de reequilíbrio do rácio contribuição-retribuição. Determina uma lógica de proporcionalidade entre esforço e recompensa. A necessidade de equidade leva os indivíduos a procurarem um certo equilíbrio, uma harmonia modificando os seus comportamentos. Cada membro da organização compara-se aos outros e todo o desequilíbrio não justificado implica uma acção de reajuste.
Para ADAMS, os indivíduos têm necessidade de se sentirem tratados de forma justa e imparcial em relação aos outros, no seu intercâmbio com a organização. A teoria da equidade desenvolvida por ADAMS, teve um eco importante em matéria de psicologia do trabalho. Permite compreender o processo de comparação social no seio da organização. Para ADAMS, o sentimento de equidade é um aspecto fundamental da relação entre o indivíduo e a sua organização. O ser humano tem necessidade de se sentir tratado de forma justa e imparcial. Toda a injustiça arrasta uma acção para restabelecer o equilíbrio. O modelo teórico de Adams dá relevo ao impacto do sentimento de equidade sobre a motivação. A teoria da equidade assenta no princípio que, em toda a relação de troca, o indivíduo procura estabelecer uma relação entre o que dá e o que recebe. «O sentimento de desigualdade» cria uma tensão cuja intensidade é proporcional à importância da desigualdade sentida. A vontade de reduzir esta desigualdade afecta inevitavelmente a motivação.
Para ADAMS, existe uma semelhança entre o processo de troca no quadro