Teoria da curva e guinada adversa
Teoria do voo em curva Um corpo em movimento curvo tem a tendência natural de "sair pela tangente", ou seja, descrever uma trajetória retilínea. Para manter a trajetória curva, ele deve receber continuamente uma força na direção do centro da curva, que é a força centrípeta. Para girar o avião, como qualquer corpo, essa força também precisa ser gerada, e isso é feito inclinando lateralmente o avião, pois a sustentação será perpendicular à asa. Como a sustentação deve ser maior que o peso para a execução da curva, é necessário um aumento da sustentação, dividindo-a em duas: parte da mesma suportará o peso, e a outra produzirá a força centrípeta necessária à curva. Ao aumento da sustentação corresponde um aumento do arrasto induzido, tornando necessário o aumento da potência do motor. Para efetuar a curva, o piloto moverá o manche para trás e para o lado, acionando os ailerons e o profundor, os pedais, deslocando o leme de direção e, finalmente, dando mais motor para compensar o aumento de arrasto. Influências no ângulo de inclinação das asas Da velocidade: quanto maior a velocidade, maior ao ângulo de inclinação da asas. Do peso: o peso não influi no ângulo de inclinação das asas. O avião pesado deverá obter mais sustentação através de maior ângulo de ataque e mais potência, mas a inclinação das asas será a mesma.
Relação entre inclinação e sustentação Quanto mais inclinadas as asas, maior deve ser a sustentação. Como uma componente da sustentação deve igualar o peso, sendo fixa, a sustentação resultante terá que ser tanto maior quanto maior a inclinação. Ao fazer uma curva de inclinação lateral de 60º, por exemplo, a sustentação será o dobro do peso do avião. O piloto também sentirá uma reação maior no assento, como se seu peso tivesse dobrado. Obviamente, a sustentação de um avião possui um limite determinado por razões aerodinâmicas que visam a resistência da estrutura, não sendo possível atingir