Teoria da contabilidade - período cientifíco
O Período Científico iniciou-se no séc. XIX e se desenvolveu através da doutrina do positivismo que se baseia na observação e teorização da realidade, concentrada na observação dos fenômenos e acontecimentos das coisas, inspirada no pensamento de Auguste Comte. Teve dois principais autores: Francesco Villa e Fábio Bésta.
Francesco Villa foi quem percebeu que a contabilidade não podia ser feita por qualquer pessoa e que as informações não eram apenas registros, havia uma necessidade de conhecimento das normas e leis e os registros eram também objetos de estudo.
Já Fábio Bésta demonstrou o valor como elemento fundamental da conta, e suas principais contribuições à contabilidade foram a criação dos livros fiscais e a personificação do patrimônio líquido.
Segundo Sá (1999 p. 34) o conhecimento cientifico exige universalidade, ou seja, o saber explicar sobre que condições e como as coisas acontecem em qualquer lugar, a qualquer hora sempre da mesma forma.
Através do quadro abaixo podemos verificar os motivos que fazem do conhecimento contábil uma ciência:
Quadro 1 - Contabilidade como ciência Requisitos necessários a uma ciência | Requisitos cumpridos pela contabilidade | Estudar os fenômenos com rigor analítico | Análise da liquidez, análise de custos, análise do retorno de investimentos etc. | Enunciar verdades de valor universal | Exemplo: quanto maior a velocidade do capital circulante, tanto menor a necessidade de capital próprio. | Permitir previsões | Orçamentos financeiros, de custos, de lucros etc. são usuais. | Prestar utilidade | Aplica-se aos modelos de comportamento da riqueza para gestão empresarial. |
Fonte: Teoria da Contabilidade de Antônio Lopes Sá
Nesse período surgem os pensamentos contrários ao contismo (doutrina da Contabilidade que reconhecia esta ciência como tendo por objeto as contas). São elas: * Personalismo – teoria que adota os fatos contábeis apenas pela ótica de direitos e obrigações; * Controlismo: