Teoria da Burocracia e Aplicações
O termo “burocracia” é uma conjunção do termo francês bureau, que significa “escritório” ou “espaço de trabalho”, com o sufixo grego kratia, que significa “poder do escritório”.
Max Weber considerava que um dos traços distintivos das sociedades modernas é seu caráter burocrático. O desenvolvimento dessa nova forma de organização estava presente em todos os setores: Igreja, Estado, partidos políticos, empresas etc. Entre os fatores que permitiram a consolidação da estrutura burocrática é possível destacar:
A racionalização do direito, que passa a ser escrito organizado com base em ordenamentos jurídicos em vez dos costumes e tradições não escritos;
A centralização do poder estatal propiciada pela crescente facilidade de comunicação e transporte, antigamente isolados;
O surgimento e a consolidação das indústrias nas cidades;
A consolidação da sociedade em massa como resultado da expansão do capitalismo.
Mesmo reconhecendo que a burocracia não é uma nova forma organizacional, uma vez que já existiram estruturas burocráticas no antigo Egito, na China e no Império Romano, Weber encontra no capitalismo (naquele estágio de desenvolvimento) fatores propícios ao desenvolvimento da burocracia. Para Weber, o capitalismo constitui a base mais racional para a administração burocrática, e a organização no sistema capitalista é por excelência uma burocracia.
A burocracia é, segundo Weber, um modelo ideal descritivo cujas características nunca se encontram na sua forma pura na prática. As organizações, na prática, têm diferentes graus de burocratização. Weber identifica então os princípios básicos da burocracia:
Os princípios da burocracia
Divisão de trabalho Funções bem definidas, subdivididas racionalmente em tarefas simples e rotineiras.
Impessoalidade Os membros das organizações têm direitos e deveres definidos por regras aplicadas de forma uniforme a todos, de acordo com o seu cargo ou sua função.
Hierarquia A organização dos cargos obedece