Teoria da ação comunicativa
Toda comunicação é mediada por atos de fala entre dois ou mais sujeitos. Nesses atos, participam três mundos: o objetivo, o social e o subjetivo.
“A teoria da ação comunicativa indica o entendimento lingüístico como mecanismo capaz de coordenar a ação social nas sociedades modernas. Portanto, o entendimento lingüístico implica uma ação subsequente, que logicamente buscará a realização das metas dos participantes. Assim, a ação comunicativa contém também um componente teleológico. O que caracteriza e qualifica a ação comunicativa são os mecanismos de coordenação da ação que ela envolve.
Esta coordenação se dá no sentido de ser o entendimento um processo cooperativo da interpretação de algo no mundo. Habermas fala de ação comunicativa quando os planos de ação dos atores implicados não se coordenam através de um cálculo egocêntrico de resultados, mas mediante atos de entendimento. Na ação comunicativa os participantes não se orientam primariamente ao próprio êxito, antes perseguem seus fins sob a condição de que seus respectivos planos de ação possam se harmonizar entre si, sobre a base de uma definição compartilhada da situação, fato este que a distingue definitivamente da ação instrumental.”
Para compreensão total dessa teoria, é necessária a explicitação de alguns conceitos:
Racionalidade Instrumental: o modo de agir ligado a teleologia, ao princípio de meios-fins. A intenção de alcançar determinado fim com o modo mais otimizado possível, diminuindo perdas. Na racionalidade instrumental há a evidência de poder subjetivo de um sujeito sobre outro. Está ligada também a técnica e científica.
Racionalidade comunicativa: criada e defendida por Habermas, é a capacidade de os sujeitos interagirem em grupo, mediando seus interesses como iguais, coordenando suas ações através do diálogo sincero, no qual todos são ouvidos. Predomina o interesse