Teoria da arquitetura
de sapê e paus roliços. Na história de Campinas, o período do Bairro se traduz por estagnação e casas de pau a pique. Quanto ao Caminho, teve seu leito aproveitado pela Ferrovia Mogiana em 1875, e logo ao lado adaptou-se em 1924, uma estrada de rodagem.
Terra de Mato
No século XVIII, o Brasil já possuía centros urbanos de porte, surgidos da ocupação militar, administrativa e econômica do litoral: Rio de Janeiro, Salvador da Bahia, Recife. E a economia das minas cercava-se de aglomerados importantes: Vila Rica, Mariana, Congonhas. Mas ausentavam-se do território paulista as características dos centros acima. Os próprios motivos de mobilização dos paulistas achavam-se fora de seu atual território. O bandeirismo em busca de metais de outras terras exemplifica.
Descobertas as minas goianas por volta de 1720, bandeirantes paulistas tomaram aquela direção.
Ordenou-se, então, a abertura de um caminho no meio do mato para possibilitar as comunicações de São Paulo com as minas há pouco achadas: O Caminho dos Goiases. O fisco onipresente da mineração impede a abertura e o uso de outras vias, procurando não afastar os garimpeiros dos postos arrecadadores. O caminho aberto marcará prolongada e exclusiva influência. Seu traçado será objetivamente condicionado pelas necessidades de seus usuários: água, pasto, alimentos. Por aqui existiam córregos, ribeirões e áreas de possível serventia à pastagem. Mais: o Caminho gera sesmarias, terras sem cultura concedidas pelos agentes da Monarquia Portuguesa àqueles dispostos a trabalhá-las por conta e risco próprios; e desta estrada de barro aparecerão várias povoações, relativamente eqüidistantes, pois registrarão o pernoite das caravanas nos pousos e ranchos recém instalados justamente para receber as bandeiras após suas jornadas diárias e a pé. Na ida para as minas, os bandeirantes, garimpeiros e tropeiros passavam pelo mato grosso das terras de Jundiaí. A