Teoria da Agenda

Disciplina: Teoria do Jornalismo e do Audiovisual I
Tema: Teoria da Agenda

“A morte de centenas ou milhares de pessoas, não tem o mesmo interesse que a morte de uma única pessoa.”
Charlie Tatum mostra no filme a Montanha dos Sete Abutres como o uso do sensacionalismo pode dar mais audiência do que simples notícias que ocorrem aos milhares todos os dias.
No filme, Tatum recebe o papel de um Gatekeeper, o responsável por filtrar as notícias que irão fazer parte da próxima edição do jornal. Como ele tinha exclusividade de entrevista com a vítima, ele determina o que vai ou não ser publicado sobre o fato ocorrido, direcionando a atenção do leitor para o tema que ele achar pertinente e, desta forma, transformar sua notícia em pauta nas conversas do dia a dia da população.
Tatum usa de toda sua influência e persuasão para transformar uma notícia que poderia ser corriqueira em uma notícia de cunho sensacionalista, exagerando o máximo possível para aumentar a importância do fato ocorrido e desta forma ganhar mais destaque que qualquer outra notícia.
Durante o filme Tatum demonstra não se importar com a vida de Leo que está soterrado e faz de tudo para que ele continue ali, agonizando durante mais tempo para que o ibope de seu jornal cresça e a matéria fabricada por ele perdure um pouco mais.
Segundo ele, más notícias vendem mais e boas notícias não são notícias, Tatum prefere sempre o lado trágico e a superprodução de um espetáculo que ele ensina passo a passo: “um homem é melhor que 84” a curiosidade humana prefere saber sobre a história de uma pessoa só do que ler um número qualquer sobre uma tragédia.
Mesmo sabendo que Léo pode morrer Tatum não da menor importância, mas começa a pensar no que fazer caso a morte de Léo realmente ocorra desconsiderando a vida em prol de uma notícia que alavanque sua carreira.