Teoria critica
Os primeiros vestígios do termo teoria crítica datam de 1937 em um artigo de Max Horkheimer, ligados a outros autores como Theodore Adorno, Herbert Marcuse e Walter Benjamin, fundamentam a teoria crítica como origem comum no pensamento marxista. Teoria Crítica surge para ‘desconstruir’ a forma que vemos sobre as teorias de relações internacionais, tendo em vista como uma nova forma de organização das informações. Dentre outras, a principal que surge no debate é a crítica ao Neo-realismo, que acontece através da negação da atuação da estrutura do sistema internacional. O Neo-realismo constata que os atores do sistema internacional não têm autenticidade de seus atos, sendo estes respostas naturais (e certas vezes inevitáveis) da estrutura do sistema, que se move através do interesse. No entanto, a Teoria Crítica apresenta a ideia de que a autenticidade dos atos dos atores internacionais perde-se através da crença de que o sistema simplesmente ‘prende’ as ações, ou seja, deve existir autodeterminação por parte desses atores.
Horkheimer fez sua crítica às teorias tradicionais, separando assim seu pensamento dos fundamentos realistas e liberais. Segundo Horkheimer a preocupação central da teoria crítica é a emancipação, que consiste no fim da dependência social do homem, seja esta feita através do autoritarismo ou através do capital (o que em partes apresenta semelhança aos ideais Marxistas). Dessa forma, a democracia é vista como uma sutil expressão de Emancipação Humana. Sutil, porque o poder de exercer a cidadania através do voto deve também ser complementado pela informação, educação e democratização dos benefícios sociais.
Horkheimer destaca também a racionalidade instrumental da ciência moderna, que distanciou-se da busca pela emancipação, passando a prezar a subjugação da natureza pelo homem: conhecer para prever, prever para controlar. As chamadas ciências sociais, para o autor, não poderiam seguir os mesmos pressupostos