Teoria contingenciais

TEORIAS CONTINGENCIAIS

Para Morgan (1996: 53) " Organizações são sistemas abertos que necessitam de cuidadosa administração para satisfazer e equilibrar necessidades internas, assim como adaptar-se a circunstâncias ambientais." Ainda de acordo com o autor, a melhor forma de organizar não existe, uma vez que a forma adequada vai depender do tipo de tarefa ou do ambiente do qual faz parte a organização. Desta forma, a administração deve ter como objetivo atingir boas medidas. Diferentes formas de administrar são necessários para desempenhar diferentes atividades dentro da mesma organização e tipos bem diferentes ou "espécies" de organizações são necessários em diferentes ambientes.

As Teorias contingênciais constituem um afastamento definitivo do ideal original, partilhado pelos pioneiros da teoria administrativa, de que seria possível construir uma ciência da administração nos moldes de tradição cientifica ocidental. ISTO IMPLICARIA NUMA CIENCIA ADMINISTRATIVA DE TIPO UNIVERSAL E ABSOLUTO, exatamente como se desenvolvera nas áreas das chamadas ciências exatas e biológicas.

Manifestações do contingencialismo podem ser encontradas no inicio dos anos cinqüenta com o trabalho de Burns e Stalker na Inglaterra, de onde sai a constatação de que não existia UM, porem DOIS tipos de organização, às quais deveriam corresponder tratamentos gestionários diversos.

Organizações MECANICAS e organizações ORGANICAS são diferentes e como tal devem ser analisadas e administradas. Portanto a idéia de uma ciência administrativa única e universalmente aplicável sofre aqui o seu primeiro impacto.

Outro trabalho decisivo foi o de Joan Woodward envolvendo empresas industriais e onde se submetia a teste a própria teoria clássica, de uma perspectiva claramente administrativista ou gerencialista. As conclusões de Woodward são relativizadoras e concluem que dependendo do tipo de tecnologia de produção que se utilize mudam estruturas, processos e formas de coordenação e controle.