Teoria Atomica
1) NATUREZA ELÉTRICA DA MATÉRIA E EXPERIÊNCIAS DE ELETRÓLISE
Em 1833, o físico/químico inglês Michael Faraday (1791-1867) (FIGURA 1) realizou algumas experiências sobre a eletrólise das quais resultaram alguns dos primeiros indícios relativos à natureza da eletricidade e à estrutura elétrica dos átomos. A Eletrólise é um processo que separa os elementos químicos de um composto através do uso da eletricidade.
Figura 1 – Michael Faraday em 1842.
Figura – Eletrometalurgia do alumínio a partir da bauxita (Al2O3).
De maneira sumária, procede-se primeiro à decomposição (ionização ou dissociação) do composto em íons e, posteriormente, com a passagem de uma corrente contínua através destes íons, são obtidos os elementos químicos.
Em muitos casos, dependendo da substância a ser eletrolisada e do meio em que ela ocorre, além de formar elementos ocorre também a formação de novos compostos. O processo da eletrólise é uma reação de oxirredução oposta àquela que ocorre numa célula eletrolítica, sendo, portanto, um fenômeno físico-químico não espontâneo. A palavra eletrólise é originária dos radicais eletro (eletricidade) e lisis
(decomposição).
Dessas experiências de Faraday foram extraídas duas leis:
1. Uma dada quantidade de eletricidade deposita sempre a mesma quantidade de uma dada substância no eletrodo.
2. As massas das várias substâncias depositadas, dissolvidas ou formadas no eletrodo por uma quantidade definida de eletricidade são proporcionais às massas equivalentes das mesmas.
Desta segunda lei podemos concluir, entre outras coisas, que as leis da eletrólise são análogas às que regem as reações químicas; logo, se um número definido de átomos se combina com uma pré-determinada quantidade de eletricidade, parece ser logicamente válido supor que a própria eletricidade é constituída por partículas.
Desta forma, uma molécula deve poder receber ou perder um número inteiro destas partículas que constituem a