TEORIA ANÁLITICA DA LINGUAGEM EM JOHN AUSTIN E RELEITURAS
Introdução
Historicamente a ciência filosófica primeiramente se dedicou a questão do Ser, na Grécia Antiga, mudando para Deus, na Idade Média e chegando ao Sujeito da modernidade. Uma das principais correntes do pensamento contemporâneoé afilosofia analítica da linguagem a qual significa uma maneira de fazer filosofia evocando o método analítico para o tratamento das questões filosóficas. No entanto, em um sentido específico, ela também é uma corrente filosófica que adota o método analítico e surge no final do século XIX, desenvolve-se ao longo do século XX até os dias atuais. Determinando a linguagem como um dos principais focos, permeada pela análise do significado dos enunciados, ou seja, a dissecação da linguagem.
A filosofia analítica contemporânea, na medida em que define sua tarefa como a análise de conceitos, visando desse modo o esclarecimentodos problemas filosóficos. E ao colocar em pauta a questão lógico-linguística1presente nessa forma de filosofia assim o faz, pois o conhecimento não pode ser entendido separadamente de sua formulação e expressão em uma linguagem. Por isso a análise da linguagem se faz tão importante, porque dela dependerá todo o desenvolvimento posterior da filosofia.
O nascimento da filosofia analítica é permeado pela reação às correntes de pensamento dominantes no Reino Unido e Alemanha no final do século XIX, o idealismo absoluto de inspiração hegeliana, o empirismo psicologista, filosofia transcendental de origem kantiana. No entanto, a própria filosofia analítica da linguagem não é unanime, na verdade ela se desdobra em duas principais correntes: a semântica clássica e a filosofia da linguagem ordinária. Ainda assim ambas concordam que a maioria dos problemas filosóficos se deve a mal-entendidos, ambiguidades, equivocidades e incompreensões gerados por um mal ou incorreto ou ainda descuidado uso da linguagem.
A semântica clássica na filosofia analítica
Dentre as