teoria administrativas
Raiva humana
No período de 2000 a 2009, foi registrada uma média de 16 casos de raiva humana ao ano no Brasil, . No total de 163 casos, predominaram homens na faixa etária de 2 a 29 anos.
Em relação à região político-administrativa, 52,0% dos casos humanos ocorreram no Nordeste, 38,0% no Norte, 6,0% no Sudeste e 4,0% no Centro-oeste do país. A região Sul não apresenta raiva humana desde 1987: o último caso, transmitido por morcego, tem por referência geográfica o Estado do Paraná.6 Em relação à ocorrência em capitais e grandes cidades, somente Salvador, a capital da Bahia, apresentou casos de raiva nesse período.
Não obstante a tendência de redução linear da raiva humana no Brasil, as regiões Norte e Nordeste referiram um aumento de casos em 2004 e 2005, enquanto as regiões Sudeste e Centro-oeste apresentaram casos esporádicos ao longo dos anos avaliados 69,0% dos casos humanos ocorreram em zona rural. Quando esses casos foram estratificados por espécie transmissora, verificou-se que, dos casos transmitidos por cães, 56,0% foram em zona urbana; e quanto aos transmitidos por morcegos
As espécies transmissoras dos casos humanos foram, em ordem decrescente de frequência: cães, com 47,0% ; morcego, 45,0% ; primata não humano, 3,0% ; felino 2,0% ; herbívoro, 2,0% ; e de origem ignorada, 1,0%
A média dos casos de raiva humana transmitidos por morcegos no período avaliado foi de 7/ano, no entanto observaram-se dois picos nos anos de 2004 e 2005, com um total de 62 casos notificados nos estados do Pará (38) e Maranhão (24), decorrentes de surtos ocasionados por morcegos hematófagos. Com isso, o número de casos humanos transmitidos por morcegos ultrapassou os transmitidos por cães.
Ressalta-se, ainda, que no período avaliado, foram confirmados três casos de raiva humana transmitida por herbívoros; nas três situações, a transmissão ocorreu pela manipulação direta da saliva, sem agressão por essas espécies.
Raiva animal
Ciclo urbano